O estilo rústico, a cor clara e o apelo sustentável estão fazendo da madeira Pinus, obtida através de árvore de reflorestamento e também conhecida como Madeira de Pinheiro-Americano e Madeira de Pinheiro, a queridinha da vez para a composição de prateleiras, mesas, cabeceiras, entre outros.
Embora ainda seja muito associado aos caixotes de feira, o Pinus é bastante resistente e utilizado inclusive na construção civil. Ficamos com a impressão que é madeira ruim, que só serve para peças descartáveis e essa classificação é uma grande injustiça.
É possível brincar em diversos ambientes com a madeira de pinus.
Se tratarmos e usarmos de forma correta, ele pode dar vida a lindas peças estruturais na arquitetura, móveis e painéis igualmente bonitos na decoração. Na Europa, por exemplo, ele é tão utilizado inclusive como estrutura de grandes coberturas e fachadas que os painéis clarinhos são a cara da arquitetura finlandesa.
Algumas pesquisas feitas no Brasil, inclusive na Universidade de São Paulo (USP), tentam estabelecer padrões para a produção de peças estruturais em Pinus para engenharia e arquitetura. Enquanto isso, os “pallets” aqueles tablados feitos de tábuas de Pinus, bem comuns nas feiras e entrepostos viraram febre na decoração. Muitos designers compram pallets e caixotes e usam as tábuas para compor mesas, nichos, painéis e luminárias. O resultado é jovem, descolado e ecologicamente correto, reciclando e revalorizando um material que seria descartado.
Outra forma de usar o Pinus é como lâmina, revestido móveis em MDF. É um uso menos correto ecologicamente, já que as lâminas são produzidas especialmente para decoração, e não reaproveitadas. Mas o resultado vale a pena além de ser uma folha de madeira ainda barata, a aparência é de despojamento e leveza. Com o esgotamento das madeiras nativas, teremos cada vez mais mercado para as peças de reflorestamento e o reaproveitamento de móveis e estruturas descartados.